segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Angústia in vitro!


It's all.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Se a felicidade bater na minha porta, deixo ela entrar...
Mesmo sendo uma estranha!

domingo, 22 de maio de 2011

O sofrimento da impotência diante da dor do outro

Há dias estou com este título na cabeça, mas tentava mudá-lo por ser forte demais.
Talvez não menos intenso do que esteja sentindo... E exatamente isso: não poder minimizar a dor de alguém, o que torna sofrimento inevitável. Talvez isto resulte da minha tentativa de onipotência. Tentativa esta totalmente impossível, mas que não me canso de tentar.
Ou me canso... Na verdade já cansei... Mas ainda assim não consigo parar. Talvez motvação de menos, talvez esperança demais... Talvez por ver o dor do outro, fantasio pelo menos fazer alguma coisa; DEVER fazer alguma coisa.
Mais cansativo que reconhecer o limiar do impossível; menos gratificante do que tentar mover-me no possível.

O fato é que é muito complicado reconhecer que não há o que fazer, até porque DEVEMOS ter fé, DEVEMOS ter esperança, DEVEMOS acreditar... São muitos deveres envolvidos.

Me pergunto se todos estes deveres não estariam mais a nosso favor se as exigências fossem menores.

Lembro-me agora de uma frase de Freud (se não me engano): "somos feitos de carne, mas temos que viver como se fossemos de ferro". É exatamente isso, exige-se, exijo-me esse 'vigor' que o ferro tem, mas que é impossível a meu corpo, de carne...

Ainda assim, apesar de tantos reconhecimentos, o que quero realmente é a potência para realizar o impossível... Preciso da onipotência! Egoista? Sempre disse que sou!

domingo, 27 de março de 2011

Cansaço

"Não sei quero descansar, por estar realmente cansada, ou se quero descansar para desistir."
(Clarice Lispector)

Eis que novamente bate aquele velho e insistente cansaço.
Um cansaço que não sei de que exatamente, é como se de repente todas as coisas me exigissem demais e eu não fosse capaz de atender a estas exigências... Desde as atividades mais simples, até mesmo as prazerosas... Estou cansada demais para ver um filme, para começar um livro, para estudar.

E aí que me questiono, o que é que realmente me cansa? O que anda despertando em mim essa necessidade imensa de fugir de tudo?

Nada de dedicação, nada de interesse, quero mesmo no momento é um descanso eterno! Mas não para eterno. Mas não para a eternidade, quero um momentaneo descanso eterno!

domingo, 6 de março de 2011

Quando o amor não é o suficiente

Depois de quatro filmes seguidos, surge então a vontade de escrever. Os filmes que vi não eram lá estas coisas, mas não de serem jogados fora também. Isso em partes porque eu nunca sou de jogar filmes fora, acho que tenho medo de desprezá-los por completo, mas é que sempre busco algo a ser aproveitado. Este filme ao lado, sobre o qual resolvi escrever, de fato não foi o melhor de hoje, mas foi o que mais me instigou a estar aqui agora. Ele traz em seu roteiro a história de Bill Wilson, co-fundador dos 'Alcoólicos Anônimos' e de sua esposa Lois Wilson. A primeira coisa a se destacar aqui é o quanto o amor é lindo (sim, estou dizendo que é lindo)! A segunda é, o quanto ele faz sofrer! E a terceira, às vezes ele traz resultados...
Não vim aqui pra falar do filme, mas sim pra falar de amor.
E quem sou eu pra falar de amor?? Ahh, só mais uma desacreditada.
Não tenho muita fé nele, o que andei aprendendo ao longo da vida foi que o amor nem sempre compensa.
Acho linda amizade, busco incessantemente formar laços fortes, mas no fundo, sempre acho que o meu amor deixará a desejar, isso porque é algo que está além da minha capacidade. Exatamente, amar está além da minha capacidade.
Gostaria de aprender amar, amar sem medo, seria uma grande lição de vida! E mesmo sem grande fé de que isso vá acontecer, eu busco.
Na verdade acho que digo que não tenho fé, porque se não conseguir será menos frustrante... Whatever...
Para mim, o amor tem diversas formas de se manisfestar, inclusive numa mesma situação (uso isso também como forma de sustentar o meu dúbio amor). É incontestável que o que a Lois fez durante toda sua vida foi ato de amor, mas não acredito que se ela o deixasse, isto seria igual a não amá-lo, mas somente que 'nem sempre o amor é o suficiente'.
Não sou esse tipo de pessoa que acredita que o amor tudo supera, mas confesso que isso me leva a pensar se sei realmente amar.
Enfim, só sei que ao ver este filme fiquei me perguntando: - Quanto disso é necessário para que seja amor?
O amor exige tanto, acho que não tenho muito a oferecer...

Como disse outro dia na análise: - O amor me deixa sem palavras!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

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Sou tão magra.
Magra e baixa.
Magra, baixa e pequena.
Pequena, quase insignificante.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

'Ovelhas Negras'


Desde quando comecei a ler o livro - logo nos primeiros contos, na verdade na introdução - pensei em escrever algo sobre ele.
Depois de meses de Alma Quieta, eis que senti-me inquieta novamente (que bom)!
Enfim, este livro reúne os contos de Caio Fernando Abreu que não couberam em outras publicações (seja por censura, inadequação, esquecimento ou outro motivo qualquer). Em sua maioria, as Ovelhas Negras são frutos das primeiras produções do autor e, ainda assim, são de extremo valor.
Tinha planejado falar de algumas partes que falavam muito de mim, mas hesitei tanto em começar a escrever, que não lembro mais das todas partes selecionadas, mas destacarei algumas.

"Quase três da manhã. Não temos aonde ir, nunca tivemos aonde ir. Um nojo, vezenquando me dá um asco - nojo é culpa, nojo é moral - você se sente sórdido, baby? - Eu tenho medo, não quero correr riscos - mas agora só existe um jeito e esse jeito é correr o risco - não é mais possível - vamos parar por aqui - quero acordar cedo, fazer cooper no parque, parar de beber, parar de fumar, parar de sentir - estou muito cansado - não faz assim, não diz assim - é muito pouco - não vai dar certo - anormal, eu tenho medo - medo é culpa, medo é moral - não vê que é isso que eles querem que você sinta? medo, culpa, vergonha - eu aceito, eu me contento com pouco - eu não aceito nada, nem me contento com pouco - eu quero muito, eu quero mais, eu quero tudo." (p.189)

Eis aqui, em apenas um paragrafo, um mar de questões não?!
Esse trecho é do conto "Anotações sobre um amor urbano" (1977), um dos melhores que achei... Medo, nojo, vergonha, o que há de mais urbano? Mesmo não sendo tão recente, mas estes pouco mais de trinta anos não desatualizaou o conto. Na sociedade atual, o medo predomina... Grades em casa, alarmes, travas elétricas. Tudo isso para proteger homem de homem.. Sobre o nojo e a vergonha, prefiro não entrar na questão. É fato que quando foi escrito estes dois eram mais fortes que hoje, mas ainda assim, não me venha com discurso de liberdade sexual (por exemplo), quando casais gays são expulsos de salas de cinema.

Whatever... Cansei de escrever... Finalizarei incompleto como sempre...